quinta-feira, 5 de agosto de 2010

COMEÇAM HOJE AS ATIVIDAES CINECLUBISTAS DO CINE CULTURA TIMBIRAS.


O Ministério da Cultura, sob orientação do Programa Mais Cultura, promove a ação Cine Mais Cultura. Através de editais e parcerias diretas, a iniciativa disponibiliza equipamento audiovisual de projeção digital, obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil e oficina de capacitação cineclubista, atendendo prioritariamente periferias de grandes centros urbanos e municípios, de acordo com os indicadores utilizados pelo Programa Territórios da Cidadania.

Os editais têm como foco pessoas jurídicas sem fins lucrativos e, conforme seus objetos, visam contemplar entidades tais como bibliotecas comunitárias, pontos de cultura, associações de moradores ou até mesmo escolas e universidades da rede pública bem como prefeituras, sempre com o objetivo de favorecer o encontro e a integração do público brasileiro com a produção audiovisual de seu país.

Além de contribuir para a formação de platéias e o fomento do pensamento crítico, tendo como principal base obras audiovisuais brasileiras, o Cine Mais Cultura inaugura o Circuito Brasil, primeiro banco de dados habilitado a contabilizar o público do circuito não-comercial do país, capaz de emitir relatórios por filme, por unidade da federação, entre outros recortes।




Sinopse

Neste filme, Hector Babenco construiu um dos mais cruéis retratos da realidade nas ruas de São Paulo, onde crianças têm sua inocência retirada ao entrarem em contato com um mundo de crimes, prostituição e violência. Depois de uma ronda policial, crianças de rua - incluindo Pixote - são enviados para um reformatório de delinquentes juvenis (FEBEM). A prisão é uma escola infernal onde Pixote cheira cola como fuga emocional para as constantes ameaças de abuso e estupro. Logo fica claro que os jovens criminosos são apenas joguetes para os sádicos guardas da Febem e para seu diretor.
Quando um menino morre por abuso físico por parte dos guardas, estes procuram jogar a culpa do assassinato em outro menino, o amante de Lilica (Jorge Julião), um garoto homossexual. Convenientemente, o amante de Lilica também "morre", com a ajuda dos guardas. Logo depois, Pixote, Chico (Zenildo Santos), Lilica e seu novo amante Dito (Gilberto Moura) encontram uma oportunidade de fugir da prisão. Primeiro eles permanecer no apartamento de Cristal (Tony Tornado), um ex-amante de Lilica, mas quando surgem tensões entre eles e Cristal, o grupo vai para o Rio para fazerem uma negociação de cocaína com uma stripper conhecida de Cristal. Chegando lá, porém, eles acabam sendo passados para trás pela stripper (Elke Maravilha), que acaba matando Chico e sendo esfaqueada por Pixote, o que se torna o primeiro assassinato cometido pelo menino.
Eles encontram Sueli (Marília Pêra), uma prostituta abandonada pelo seu cafetão, e que acabara de fazer um aborto clandestino. Juntam-se a ela para roubar os clientes da prostituta durante os seus programas, mas o clima começa a ficar tenso quando Dito e Sueli ficam atraídos um pelo outro, causando profundo ciúme em Lilica, que acaba abandonando o grupo quando presencia Dito e Sueli fazendo sexo. O esquema de roubo acaba dando errado quando um americano que vai fazer um programa com Sueli reage inesperadamente quando Dito anuncia que vai assaltá-lo (porque aparentemente ele não entende Português), e os dois se atracam. Pixote, ao tentar acertar o americano, erra e acaba acertando e matando Dito, para desespero de Sueli. O americano também é morto por Pixote.
Desolados, Pixote e Sueli estão agora sozinhos no mundo. O menino tenta buscar o carinho de Sueli, procurando nela a figura de uma mãe, mas ela o rejeita e o manda embora. Ele então se vai e é visto andando por uma linha ferroviária, de pistola na mão, se afastando até ir desaparecendo na distância.
O ator Fernando Ramos da Silva, que interpreta o personagem-título, tempo depois do êxito do filme, voltou à sua vida de sempre, vivendo num ambiente de total miséria. Chegou a tentar seguir a carreira de ator, ingressando na Rede Globo com a ajuda do escritor José Louzeiro, porém, foi demitido por ser incapaz de decorar os textos, já que era semi-analfabeto. Devido à influência dos irmãos, retornou à criminalidade, sendo assassinado por policiais em 1987.
A rápida trajetória de Fernando foi contada pelo diretor José Joffily, em seu filme Quem Matou Pixote?.

Elenco



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